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Jornalista, Terapeuta Holística, Taróloga, Cabalista,Sacerdotisa, Professora,Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e Numerologia.

quinta-feira, 19 de julho de 2018

Velas, suas cores e sua utilização na Umbanda


Um dos grandes símbolos da Umbanda é a vela.

Ela está presente em várias etapas nos trabalhos da Sagrada
Umbanda, e por vezes encontramos as velas vibracionais em Congás, nas oferendas, pontos riscados, em firmamentos e assentamentos, firmando anjos de guarda e em quase todos os trabalhos de firmeza.
A palavra Congá, tem origem no idioma Banto, mas está diretamente ligada àquela aquela que na língua latina significa altar.
Definição bastante adequada à função desempenhada por todo o Congá, onde se estabelecem pontos energéticos, dos quais o principal é o Altar.
Vários povos de diferentes culturas, através de sua hierarquia espiritual (Padres, Sacerdotes, Xamãs, Pajés, Pais e Mães de Santo e outros) de alguma forma identificaram os locais onde energeticamente estabeleciam relações com suas divindades e aí consagravam seus cultos a elas, como uma “ponte” entre os humanos e o sagrado, mesmo antes de se fazer templos destinados a seus cultos.

O Congá é o ponto principal de axé do Terreiro. Um local consagrado, onde as energias são permanentemente renovadas, através de nossas preces e outros objetos imantados que ali são dispostos, como velas, flores, copos com água, pontos riscados, pedras, cristais e imagens.
É o local onde ficam as imagens de Santos católicos por conta do sincretismo religioso, de caboclos, de pretos velhos, entre outras entidades de Umbanda.

Quando um filho de Umbanda acende uma vela, talvez não saiba que está abrindo em sua mente uma porta interdimensional, onde a sua mente consciente nem sonha com a força de seus poderes mentais.

A vela funciona na mente das pessoas como um código mental. Os
estímulos visuais captados pela luz da chama da vela acendem, na
verdade, a fogueira interior de cada um, despertando a lembrança de um passado muito distante, onde seus ancestrais, sentados ao redor do fogo, se sentiam protegidos para tomar decisões que mudariam o curso de suas vidas.

A maioria dos umbandistas acendem velas para seus Guias de forma automática, num ritual mecânico, sem nenhuma concentração. É preciso muita concentração e respeito ao acender uma vela, pois a energia emitida pela mente do médium irá englobar a energia do fogo e dos elementais que habitam o elemento fogo (as salamandras) e juntas, irão vibrar no espaço cósmico, para atender a razão da queima dessa vela.

Sabemos que a vida gera calor e que a morte traz o frio. Sendo a
chama da vela cheia de calor, ela tem um amplo sentido de vida,
despertando nas pessoas a fé, a esperança e o amor.

No ritual da magia, o mago entra em contato com seu mundo inconsciente, depositário de suas forças mentais, que irão ser utilizadas para que alcancem seus propósitos iniciais. 

Qualquer pessoa que acender uma vela, com fé, está nesse momento realizando um ritual mágico e, consequentemente, está sendo um mago; se uma pessoa usa suas forças mentais com a ajuda da magia das velas, no sentido de ajudar alguém, irá receber em troca uma energia positiva; mas, se inverter o fluxo das energias psíquicas, utilizando-as para prejudicar qualquer pessoa, o retorno será certo e infalível, e as energias de retorno são sempre mais fortes, pois voltam acrescidas da energia de quem as recebeu.

As pessoas que utilizam a força da magia das velas que, na realidade,
despertam as forças interiores de cada um com propósito maléfico,
não são consideradas magos, mas feiticeiros, seres dignos de pena. Infeliz daquele que, na ânsia de destruir seus inimigos, acendem velas com formatos de sapo, de diabo, de caveira, de caixão, etc., assumindo um terrível compromisso kármico com os senhores do destino.

Todos os nossos pensamentos, palavras e atos estão sendo gravados na memória do infinito, nos registros akáshicos, ninguém fica impune junto à justiça divina. Todos nós voltaremos ao planeta Terra quantas encarnações forem necessárias para expiar nossas dívidas com o passado ou resgatar entes queridos.

Por outro lado, feliz daquele que se lembra de acender uma vela com o coração cheio de amor para o anjo da guarda de seu inimigo ou desafeto, perdoando-o por sua insensatez, pois irá criar ao seu redor um campo vibratório de harmonia cósmica, elevando suas vibrações
superiores.

Ao acender velas para o anjo da guarda no Congá, para os pretos velhos, os caboclos, como oferenda para um orixá, para um santo de sua devoção ou para as almas (no cruzeiro), ou ainda para a firmeza de pontos é importante que o umbandista saiba que a vela é muito mais para quem acende do que para quem está sendo acesa.

A intenção de acender uma vela gera uma energia mental no cérebro da pessoa. Essa energia é que a entidade espiritual irá captar em seu campo vibratório.
Assim, a quantidade de velas não influirá no valor do trabalho; a influência se fará diretamente na mente da pessoa que está acendendo as velas, no sentido de aumentar ou não o grau da sua intenção.

Desta forma, é inútil acreditar que podemos comprar favores de uma entidade ou divindade negociando com uma maior ou menor quantidade de velas acesas.

Os espíritos captam em primeiro lugar as vibrações de nossos sentimentos, quer acendamos velas ou não. Uma das máximas de Jesus que diz: Antes de fazer sua oferenda, procure conciliar-se com seu irmão.

Não é conveniente, ao encontrar uma vela acesa no portão do
cemitério, nas encruzilhadas, embaixo de uma arvore, ao lado de uma oferenda, apaga-la por brincadeira ou por outra razão. 
Devemos respeitar a fé das pessoas. Quem fizer isso deve ter em mente, que sua atitude poderá acarretar sérios problemas de ordem espiritual. 

Precisamos respeitar o sentimento de religiosidade das pessoas, principalmente quando acender uma vela faz parte desse sentimento. Se ao acender uma vela a pessoa tiver um forte poder de magnetização, torna-se mais perigoso apagar a vela.

Mas, se ela não estiver magnetizada, fica a critério de cada um.

Contudo as pessoas que forem ascender uma vela em seus trabalhos também devem conscientizar-se de que ao realizar um ritual devem respeitar o espaço público (praças, jardins etc...) e precaver-se de não causar acidentes como incêndios, devem também levar em consideração que ao deixar oferendas em espaços públicos não venham a causar sujeira deixando animais mortos, sangue etc... 

O respeito deve ser mútuo. Ao fazer oferendas seja consciente não sacrifique animais, nenhuma divindade ou orixá é complacente com aqueles que causam sofrimento aos animais.

Nos trabalhos de Umbanda existe uma grande preocupação com o uso de velas virgens, ou que não estejam quebradas.
Isso tem um grande fundamento, pois a vela virgem esta isenta da magnetização de uma vela usada anteriormente e isto evita um choque de energias, que geralmente anula o efeito do trabalho.

Especificação de cores das velas.

VELA DA COR BRANCA: OXALÁ.

Na Umbanda, o uso da vela branca é o mais frequente, devido à sua representação como símbolo da pureza.
Na verdade a vela branca simboliza o espectro das sete cores visíveis que sobrepostas originam luz branca.
Assim sendo o branco é a soma de todas as cores. A cor branca na Umbanda é a cor do Orixá Oxalá. Daí a razão do uso de velas brancas na maioria dos trabalhos e firmamentos dentro da associação da pureza/Oxalá.

VELA DA COR VERMELHA: OGUM.

O Orixá Ogum, tido como senhor das guerras, e tem uma vibração muito forte.
As velas vermelhas, quando acesas dentro de seu ritual, vibram a mesma frequência, com resultados favoráveis. Considerando que a força da vela está mais na força mental da pessoa, a cor irá concorrer com o sentido de favorecer sua capacidade de concentração, devido a conjugação de frequências idênticas.
Se houver uma inversão nas cores das velas, isso poderá ou não alterar o resultado dos trabalhos realizados, pois isso dependerá em grande parte da força mental da pessoa.

VELA NA COR AZUL: OXUM E IEMANJÁ.

A cor azul, com sua vibração serena, vibra na mesma frequência da
Orixá Oxum, a senhora das águas doces. A vela de cor azul pode ser acesa para Oxum assim como para Iemanjá, que também aceita velas brancas no seu ritual. Por isso alguns Terreiros preferem usar as velas traçadas, nas cores azul e branca, para Iemanjá.

VELA NA COR AMARELA: IANSÃ.

Ficou estabelecida que a cor amarela, é a cor da Orixá Iansã, esta cor e
stimula as atividades mentais e o raciocínio por isso é também considerada uma energia de luta. As velas acesas para Iansã deverão ser da cor amarela, para continuar em sua frequência vibratória. A variação de quantidade de velas deve ser a mesma que se acende para qualquer outro Orixá ou Entidade, de acordo com os objetivos do trabalho.

VELA NA COR MARROM: XANGÔ.

Estabeleceu-se a cor marrom para o Orixá Xangô, levando-se em
consideração a neutralidade dessa cor. A energia de Xangô emana dos minerais, que possuem uma variedade muito grande de cores. Mas prevaleceu a cor mais frequente, que a das pedras sobre a superfície da terra.

VELA NA COR VERDE: OXOSSI.

A cor verde, por seu equilíbrio vibratório, obtido pela junção das
cores amarela e azul, vibra na frequência do Orixá Oxossi, o senhor
das matas. Assim, uma vela de cor verde, acesa na mata, que tem a cor verde, possui uma força vibratória muito forte, facilitando o
trabalho de firmamento.

VELA NA COR LILÁS OU ROXA: NANÃ BUROQUÊ.

A cor roxa
está ligada ao mundo místico e significa espiritualidade, magia e mistério esta cor vibra em uma onda de introspecção, por isso vibra na mesma frequência da Orixá Nanã Buruquê, por ser ela, a Orixá, que leva o dom da evolução.
O roxo transmite a sensação de introspecção, interiorização. Estimula o contato com o lado espiritual, proporcionando a purificação do corpo e da mente, e a libertação de karmas, medos e outras inquietações. É a cor da espiritualidade e da transformação.
A orixá Nanã rege sobre a maturidade e seu campo preferencial de
atuação é o racional dos seres. Atua decantando os seres apegados as emoções, preparando-os para uma nova "vida", mais equilibrada.

VELA NA COR TRAÇADA AMARELA E PRETA: OMULÚ.

A vela traçada amarela e preta tem uma vibração muito forte no
encaminhamento de espíritos, por isso ela foi atribuída a Omulú, que é o Orixá que coordena a passagem do mundo físico para o mundo espiritual. E ele que no desencarne eleva o entendimento das pessoas para que entendam esse desencarne e evoluam.
Omulú é o desdobramento do Orixá Obaluaiê, sendo Obaluaiê o Orixá no modo jovial e Omulu no modo idoso. Contudo sendo um só Orixá. No caso de Obaluaiê não devemos oferecer a vela na cor traçada amarela e preta, e sim na cor branca e preta, por ser a cor branca a cor do renascimento.

VELA NA COR ROSA OU TRAÇADA ROSA/AZUL: IBEIJI.

A cor rosa ou traçada rosa/azul, com sua vibração cheia de vida,
vibra na frequência da energia da falange dos espíritos das crianças,
conhecidas também como Ibejis, Ibeijada ou Erês. Velas traçadas, na cor azul e rosa, são acesas também com o mesmo resultado das velas cor-de-rosa, assim como as azuis.

VELA NA COR TRAÇADA BRANCA/PRETA: PRETO VELHO.

As velas traçadas, nas cores branca e preta, são utilizadas nos
trabalhos de magia dos Pretos Velhos e devem ser usadas sob a
orientação direta dos próprios Pretos Velhos.

VELAS NA COR TRAÇADA BRANCA E VERMELHA: ZÉ PILINTRA E MALANDROS.

As velas traçadas nas cores branca e vermelha, são oferecidas aos
Malandros e malandras, assim como também a entidade Zé Pilintra.
Elas tem como objetivo de trazer a vibração de dois povos ao ser
acesa, ou seja, a vibração das Almas, que se apresentam ao ser
queimada a cor branca, e a vibração da linha de esquerda, Exus e Pombo Giras, ao ser queimada a cor vermelha.

Sendo assim, ao acender uma vela traçada, oferecendo ao Senhor José Pilintra e aos Malandros e Malandras, estamos trabalhando e entregando nossas intenções tanto a linha da direita como a linha da esquerda.
Portanto é muito importante estar bem concentrado ao acender essa
vela, pois nossos pensamentos poderão nos fazer trazer coisas
merecidas tanto do lado bom como do lado ruim, pois essa vibração
para pessoas que não estão preparadas para utiliza-las, podem induzi-las a serem enganadas por espíritos sem Luz, que tentam se passar por Entidades de Luz da linha dos Malandros e Malandras. 

Seu pensamento na hora de oferecer uma vela traçada branca/vermelha tem que estar firmemente focada no seu ritual e na finalidade do mesmo para não atrair espíritos sem Luz.

OBS: Não recomendo a utilização de velas traçadas a pessoas sem o devido conhecimento de como utiliza-las.

VELA NA COR TRAÇADA VERMELHA E PRETA: POMBO GIRA E EXU.

As velas traçadas, na cor vermelha e preta, são utilizadas para as
Pombo Giras e os Exús. Devem ser acesas com muita cautela e de
preferência por quem conhece os segredos da mironga (mistério, magia, mandinga). Elas só devem ser acesas com determinação de uma Entidade, e por pessoas que estiverem preparadas. Quando uma Entidade determina algum trabalho com as velas das cores pretas ou traçadas vermelhas e pretas, é provável se considerar que essa Entidade já imantou a pessoa que irá acender a vela.
A vela vermelha e preta, quando está queimando a cor vermelha, tem o sentido de luta; quando esta queimando a cor preta significa vitória sobre o objetivo proposto inicialmente.

VELAS DE CERA: TRABALHOS DE ALTAS COMPLEXIDADES, BATISMO E CIGANOS.

Para os trabalhos de alta complexidade, recomenda-se o uso de velas de cera de abelha, por sua qualidade, devido a pureza do material de que é feita, e também pela sua constância e pela força de sua chama. É a vela ideal para as cerimônias de batismo das crianças, onde elas serão amenizadas do seu karma e dos seus inimigos de vidas passadas.
Também podem ser usadas no oferecimento ao povo Cigano, assim como a vela de mel.


LISTA DE VELAS E A QUEM PODE SE OFERECER.

Anjo da Guarda: Branca.
Oxalá: Branca.
Ogum: Vermelha.
Xangô: Marrom.
Obaluaiê/Omulú: Traçada Branca e Preta / Traçada Amarela e Preta.
Oxóssi: Verde.
Iansã: Amarela.
Iemanjá: Azul claro ou Branca.
Nanã: Lilás (Roxa).
Oxum: Azul.
Ibeijada, Erês (Crianças): Rosa, Azul ou Traçada Azul e Rosa.
Malandros:  Branca ou traçada branca e vermelha.
Ciganos: Vela de Cera, ou de Mel ou Colorida na cor do arco-íris.
Boiadeiro: Branca ou Amarela.
Caboclo de Ogum: Vermelha ou Verde.
Caboclo de Oxóssi: Verde.
Caboclo de Xangô: Marrom ou Verde.
Caboclas: Verde, Branca ou Traçadas Branca e Verde.
Exú e Pombo Gira: Preta, Vermelha ou Traçada Preta e Vermelha.
Pretas-Velhas: Traçada Branca e Preta, ou roxa.
Pretos-Velhos: Traçada Branca e Preta ou Branca.

Nunca se esqueça de que as velas, são extensão da vontade e dos pensamentos daquele que a acende, portanto, primeiramente limpe seus pensamentos e eleve sua vontade no bem e nas causas justas para que assim tenha um bom resultado em seus pedidos e oferecimentos ao acender uma vela.
A vela ilumina primeiro quem a acende. Isso nos mostra que aquele que faz o bem para os outros será o primeiro a ser iluminado.

ACENDER UMA VELA PRA FAZER MAL A ALGUÉM SIGNIFICA ATRAIR O MAL PARA SUA VIDA.

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