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Jornalista, Terapeuta Holística, Taróloga, Cabalista,Sacerdotisa, Professora,Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e Numerologia.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Os Elementos


Foi Empédocles, filósofo grego que viveu entre 494 e 434 a.C., quem considerou pela primeira vez os quatro elementos ( fogo, água, ar e terra) elementos fundamentais e básicos na constituição de tudo que existe no universo. Seu ponto de partida foram as experiências deixadas por outros dois grandes filósofos, Parmênedes e Heráclito, que tentaram, cada um com sua teoria oposta à do outro, explicar a constituição e transformação de todas as coisas que existiam no universo.

A razão de Parmênedes deixava claro que nada pode mudar, enquanto que para Heráclito, a natureza e tudo que está nela está em constante transformação. Para Empédocles, ambos tinham razão, sob determinado ponto de vista, porém, algo na teoria dos dois filósofos não podia de maneira nenhuma condizer com a verdade - segundo suas teorias, tudo que existia seria constituído de apenas um elemento básico.

Empédocles não podia aceitar que a água pudesse se transformar num peixe ou numa borboleta, pois a água seria água por toda eternidade, e daí a razão que ele atribuía a Parmênedes; por outro lado, acreditava também que tínhamos que dar o devido crédito aos nossos sentidos ao observar que um pedaço de madeira, ao ser queimado, gerava o fogo, a fumaça e deixava para trás as cinzas, ou seja, se transformara em algo diferente, como afirmava Heráclito.

Se a natureza não podia ser composta de um único elemento, poderia ser de alguns elementos, que juntos, combinados entre si, poderiam constituir um buquê de rosas ou uma borboleta, a madeira, a fumaça e a cinza. Concluiu então que a natureza possuía ao todo quatro elementos básicos, também chamados por ele de elementos raízes. Estes quatro elementos eram o fogo, a água, o ar e a terra.

A partir daí todas as coisas da natureza seriam resultado da combinação e interação desses quatro elementos, que depois se separariam um do outro, pois tudo seria então constituído pelos quatro elementos em quantidades diferentes e que poderiam ser portanto separadas. Para ele, quando uma flor ou um animal morre, esses quatro elementos voltam a se separar. Essas transformações podem ser percebidas por nós a olho nu.

No entanto, terra, ar, fogo e água continuam a ser o que são, inalterados, incólumes, independentes de todas as misturas de que façam parte. Não é certo, portanto, afirmar que "tudo" muda. Basicamente, nada se altera. O que acontece é que esses quatro elementos diferentes simplesmente se combinam e depois voltam a se separar para então se combinarem novamente.

Não foi por acaso que Empédocles considerou precisamente o fogo, a água, o ar e a terra como sendo as "raízes" da natureza. Outros filósofos que o anteceram já haviam notado e considerado ora um, ora outro desses elementos, de maneiras diferentes. Tales e Anaxímeres, por exemplo, tinham enfatizado a importância da água e do ar como sendo elementos essenciais da natureza. Outros ainda tentaram provar que a água, o ar e até mesmo o fogo, seriam sozinhos, o único elemento da natureza.

De todos estes pensamentos, o que Empédocles deve ter notado é que cada um dos elementos desempenha de fato um papel de crucial importância na natureza, do sol que aquesce e alimenta os seres vivos, ao ar que respiramos, sem o qual morremos em segundos, ou a água que é portadora de energia vital para plantas e animais.

Mesmo tendo provado através de suas teorias a transformações, combinações e separações de suas quatro raízes, uma questão continuou em aberto: o que faz com que os elementos se combinem para formar uma nova vida? E por que, depois de combinados numa flor, por exemplo, esta morre e volta a se deseintegrar? À estas forças invisíveis Empédocles atribuiu os nomes de amor e de disputa, assim, o que uniria os elementos para a formação de uma nova vida denomina-se amor; e que separaria os elementos, desintegrando a coisa original, denomina-se disputa.

Empédocles também refletiu um pouco sobre a questão de saber o que ocorre quando percebemos alguma coisa. Como posso "ver" uma flor, por exemplo? O que acontece neste caso? Empédocles acreditava que, como todas as outras coisas da natureza, também nossos olhos são compostos de terra, ara, fogo e água. Assim, a terra contida em meus olhos perceberia o componente terra no objeto visto; o ar, o componente ar; o fogo, o componente fogo; e a água, o componente água. Se faltasse aos olhos um desses elementos, eu não poderia enxergar a natureza em sua totalidade.


Referência: http://www.gotach.com.br/

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